Mounjaro: 82% recuperam peso após suspensão e benefícios à saúde se perdem, aponta estudo

Mounjaro recuperar peso

Interromper o Mounjaro faz peso e problemas de saúde voltarem, diz estudo

Um novo estudo clínico reacendeu o debate sobre o uso de medicamentos injetáveis para emagrecimento, como o Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida. Pesquisadores acompanharam mais de 300 participantes ao longo de 88 semanas e chegaram a um dado preocupante: 82% daqueles que interromperam o medicamento recuperaram pelo menos 25% do peso perdido, enquanto muitos chegaram a recuperar 50%, 75% e até praticamente todo o peso eliminado durante o tratamento.

Apesar do grande impacto que Mounjaro provoca na perda de peso e na melhora da saúde metabólica enquanto é usado, a pesquisa aponta que seus efeitos não se sustentam após a interrupção, o que reforça que a obesidade é uma doença crônica e que exige tratamento contínuo muitas vezes por toda a vida.

Como o estudo foi conduzido

A pesquisa avaliou adultos com sobrepeso ou obesidade que utilizaram tirzepatida por 36 semanas, período em que todos mostraram redução significativa de peso, queda da circunferência abdominal, melhor controle glicêmico e melhora no colesterol. Após esse período inicial, os participantes foram divididos em dois grupos:

  1. Grupo que continuou usando Mounjaro
  2. Grupo que passou a receber placebo, simulando a interrupção do medicamento

O objetivo era medir o impacto real de parar o tratamento após ter perdido peso algo muito comum na vida real.

Os resultados foram claros: o grupo que seguiu com a tirzepatida manteve o peso perdido e continuou apresentando melhora metabólica. Já o grupo placebo teve retorno progressivo do peso, acompanhado da perda dos benefícios à saúde.voltar ao padrão anterior, recriando o cenário que favorece o ganho de peso.

82% recuperam peso e benefícios à saúde também retrocedem

Além do retorno do peso, o estudo observou que os pacientes que interromperam Mounjaro também apresentaram piora em diversos marcadores:

  • aumento da circunferência abdominal
  • queda da sensibilidade à insulina
  • elevação da glicemia
  • retorno do colesterol LDL (o “ruim”)
  • aumento da pressão arterial
  • piora em marcadores inflamatórios

Ou seja, o corpo tende a voltar ao estado anterior antes do início do tratamento.

Especialistas enfatizam que isso não significa que o medicamento “não funciona”, mas sim que seus efeitos dependem da manutenção, assim como ocorre com medicamentos de hipertensão, diabetes e ansiedade todos exigem continuidade para manter o resultado desejado.

Por que o peso volta quando o Mounjaro é interrompido?

A tirzepatida atua em hormônios ligados à saciedade, reduzindo fome, controlando o apetite, diminuindo a compulsão alimentar e ajudando o metabolismo a operar de forma mais eficiente.
Quando o medicamento é retirado, o corpo:

  • volta a sentir mais fome
  • retorna ao apetite anterior
  • reduz o gasto metabólico
  • tende a buscar o “peso de defesa” do organismo
  • perde o controle glicêmico que ajudava na perda de peso

Esse conjunto de fatores leva ao chamado efeito rebote, que é comum não apenas com tirzepatida, mas também com semaglutida (Ozempic, Wegovy) e outros medicamentos do mesmo grupo.uada do peso após a suspensão.

Suspender o Mounjaro também reverte benefícios de saúde

O estudo aponta que o retorno do peso vem acompanhado de pioras importantes:

  • pressão volta a subir
  • colesterol ruim aumenta
  • marcadores de inflamação se elevam
  • gordura abdominal retorna
  • há maior resistência à insulina

Ou seja: não é apenas o peso que volta os ganhos de saúde também desaparecem.

O que especialistas recomendam

Médicos destacam que medicamentos como Mounjaro e Ozempic não podem ser vistos como uso temporário, mas sim como parte de um tratamento contínuo, especialmente em casos de obesidade — que é doença crônica.

Eles alertam ainda:

  • não interromper o remédio sem orientação
  • manter acompanhamento nutricioObesidade é doença crônica e não um projeto de curto prazo
  • Os autores do estudo reforçam que obesidade não é um problema estético, mas sim uma doença crônica complexa, multifatorial e com impacto direto na saúde cardiovascular, respiratória, hormonal e emocional.
  • Assim como hipertensão não “cura” ao usar remédio por alguns meses, o tratamento para obesidade também exige continuidade. Por isso:
  • parar o medicamento sem planejamento tende a causar recuperação rápida do peso
  • apenas dieta e exercício não compensam completamente a retirada da tirzepatida
  • manter o tratamento pode ser necessário a longo prazonal
  • incorporar atividade física regular
  • criar hábitos capazes de sustentar o emagrecimento

O estudo reforça que usar o medicamento apenas para “emagrecer rápido” e depois parar tende a gerar frustração e efeito rebote.

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